sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Olhos Serenos - Paulino Carrasco


                                    

Sou brasileira, mas me considero também peruana por afinidade. Tenho uma profunda história com esse país que, acredito, vai muito além dessa vida. Já o visitei por duas vezes e sempre a emoção é igual: uma sensação de volta pra casa... Tudo começou há quatro anos quando “por acaso” comprei um DVD do grupo peruano “Alborada”. A partir daí minha vida mudou totalmente. Ver o DVD despertou algo que estava adormecido. Muitas coisas aconteceram e continuam acontecendo na minha vida. Foi o chute inicial para o meu “despertar”. Incrível como os fatos e acontecimentos foram se desenrolando e se encaixando de tal forma para que as coisas se concretizassem, levando-me sempre para um mesmo destino... Eu tinha de ir pra lá!... Fui! O que tenho pra dizer é que foi mágico, inesquecível, espetacular! Algo difícil de descrever, pois transcende as palavras. Acredito que nada, absolutamente nada, acontece por acaso e tenho certeza que essa história ainda não terminou e talvez não termine nunca. Foi assim que há dois anos conheci o músico peruano Paulino Carrasco. Ficamos amigos e agora parceiros na composição da música;

 “Olhos Serenos”
letra: Maria Raquel de Oliveira Souza 
Melodia: Paulino Carrasco

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Meu índio sapeca


Meu Índio Sapeca

Meu índio sapeca
Me leva no colo,
Te levo na alma
Me canta o rojão
Eu danço o toré
Me pega na mão
Te pego no pé
Me leva pra cama
Te dou cafuné
Me beija na boca
Te abraço com fé
Meu índio sapeca
Me ensina o toré!
Me leva com calma
Pra onde quiser!

Maria Raquel de Oliveira Souza

Intuição


Intuição

Intuitiva demais,
Sempre fui desde criança!
Embora não entendesse,
Sabia que tinha algo
Muito forte a me guiar.
Sempre vinha me alertar!
Grande parte da minha vida,
Não dava muita atenção...
Foram tantos os fatos e atos
Por ela não escutar!
Até que chegou um dia,
Embora muito a tardar;
Depois de tanto pensar,
Resolvi tudo acatar
Com muita força e respeito,
E essa causa abraçar...
Para mim, hoje, a intuição
Faz parte de uma oração...
Um dom santo que celebro.
Nunca me deixa na mão.
É só prestar atenção
Nas sutilezas dos sinais,
Na força da intenção.
Ouço com todo cuidado,
Vai clareando meus nortes
Vai construindo meus rumos... 
Fortalecendo bons atos,
Arrefecendo boatos...
Assopra alentos pra lida
E conforto ao coração!
Não faço nada na vida
Sem ouvir a intuição!

Maria Raquel de Oliveira Souza

Saudades da Roça


Saudade da Roça
Quando piso a terra quente da minha roça querida,
Sinto saudade no peito, dá vontade de chorar.
Fico triste com o que vejo, me ponho logo a lembrar...
Tá diferente, é verdade, mas ainda esta tudo lá!
Os morros, as cachoeiras, os caminhos e os gravatás,
As ladeiras, os riachos e as casas dos sabiás...
Desvio os olhos e vejo uma boiada a passar
Rédeas firmes, o boiadeiro canta alegre a boiar...
Eu me lembro logo daquele que um dia me fez sonhar
Um caipira cantante, o cantor do meu pensar...
E assim como na canção, eu só penso em voltar
Pro aconchego do sertão que tanto me fez sonhar
Pras minhas flores queridas que um dia pude plantar...
Ouvir o canto dos pássaros, bem cedo ao levantar
Beber a água da fonte, doce, limpa e cristalina...
Sentir o cheiro da terra quando fazem a capina
Sentar no fogão à lenha, pra aquecer, lá na cozinha
Depois bem cedo deitar para o frio espantar
Dormir bem enroladinha sob a luz da lamparina
Eu sinto muita saudade, fico sempre a recordar
Daquelas tarde tristonhas, tão belas e coloridas
Das chuvas bem prolongadas, das flores de margaridas
Do beija-flor que beijava minhas rosas distraídas
Brincava com os meus cabelos, dando-me as boas vindas
Fico alegre em pensar que um dia já fui criança
Éramos sim bem felizes!... Havia muita união
Essas lembranças tão doces me alegram o coração
Jamais irei esquecer-me desse pedaço de chão
Um lugarzinho pequeno, que um dia me viu crescer...
E ao mesmo tempo tão grande, não dá para esquecer
Sim... É dele que estou falando, desse canto preferido
Do “Capão” que era grande, inda hoje tão querido...
Maria Raquel de Oliveira Souza

Momento de Amor


Momento de amor

É nesse momento, que se fundem desejos,
Pensamentos e sensações...
Nesse momento somos os mesmos;
Os únicos, os astronautas, donos do nosso vôo.
Deixamos a magia desse momento nos levar...
Perdemos totalmente nossos sentidos.
Não nos interessa quem somos, quem fomos;
De onde viemos, nem para onde vamos...
Nesse momento sagrado, nós nos bastamos.
Escapamos de nós mesmos... Fugimos!...
Para os braços dos deuses e deusas do amor...
Estejam eles... Seja lá onde for!!!!...

Maria Raquel de Oliveira Souza

Sintonia


Sintonia

A sintonia é assim...
Tudo se encaixa perfeito;
Tanto corpo quanto alma.
A ligação é do espírito
Na essência nada esquece,
E no tempo fortalece.
É uma chama que aquece
E nos corações permanece.
Amor perene e sincero...
Amor sensato que espero!...
Amor maduro, amor eterno...
Que tanto busco, tanto quero!...

Maria Raquel de Oliveira Souza


Eu quero te namorar



Eu quero te namorar

Veja a beleza da noite...
O luar a convidar...
Os sonhos são tão reais!
Os instintos são normais.
Me dá todo o teu amor
Eu quero te namorar
Me leva pra onde for
Me carrega no teu colo
Me faz amor de verdade
Com bastante intensidade
Amor gostoso e sem pressa.
Antes que o dia amanheça
Eu quero te conhecer,
Andar contigo na praia
Mergulhar nesse teu mar.
Nadar nas tuas entranhas
Navegar na tua pele.
Depois me dá teu abraço
Deita comigo e me cobre
Com o manto dos teus cabelos.
Dormiremos enroscados
Abraçadinhos colados
Aproveitando o sabor
Da brisa fresca...
E do amor!
Maria Raquel de Oliveira Souza

Dias e Noites


Dias e Noites

Fazer das noites
Os dias
E dos dias
Nossas noites
Para nós
É tudo igual,
Tanto dia
Como noite
Amamos
Ao natural

Maria Raquel de Oliveira Souza

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Desejos ll


Desejos II 
Se mais uma vez encontrasse
Uma brecha no céu...
Dormiria no embalo rítmico
E nostálgico
Dos sons do mato;
Das folhagens sussurrando
E dos repteis se amando...
Da garoa fina, lenta e silenciosa
Dos pântanos,
Caindo de mansinho
Em meu rosto adormecido...
Em uma noite fria, mágica,
Serena... Insana!
Despertaria me cobrindo
Com o manto do seu corpo...
Mergulharia, por inteira
E sem pudor
Nessa cascata de águas sonolentas...
Abriria as comportas pra esse amor
Clamaria por seus beijos,
Seus afagos
Deixaria me levar,
Me possuir, me adentrar
E minha alma,
Revolta, apaixonada
Tocaria suas entranhas sem segredos
Sem adereços, sem culpas
E nem tropeços...
Nesse mar de ânsias e desejos
Te daria meus mistérios,
Meus segredos
Guardaria em meu colo sedutor
Seu regalo mais ardente,
Pertinente...
Sua semente!
Seu licor!

Maria Raquel de Oliveira Souza

Viajando...


Viajando...


Imagino-me te abraçando
Sentindo tua energia
Misturada com a minha
Girando em círculos
Cobrindo nossos corpos
Numa nuvem de paixão, desejo
Num beijo caliente, mordiscado,
Lambido, chupado, molhado
Trocando nossos fluidos
Com sabor de mel e melado
Ao embalo de nossas almas
Ao compasso do nosso coração
Ao arfar de nossa respiração,
Acariciar tuas mãos, tua pele
Passear no teu corpo
Descobrir teus desejos
Deitada nos teus sonhos
Penetrar nos teus delírios
Provar teu néctar
Aos sons de uma música suave
Levar-te ao céu!
Mostrar-te a força, a magia,
O calor, o pulsar ardente
De uma alma gitana
Em um instante mágico,
Colorido, matizado, dourado,
Ser tua única, terna,
Plena e intensa...
Mulher!
Maria Raquel

Cigana


Cigana

Minha alma é cigana,
O meu corpo sedução.
A vida pura magia;
O meu guia é a intuição!
A dança faz levitar...
Insinuar, entreter, viajar...
O canto nas noites frias,
É um lamento; um pensar...
A fogueira me desperta,
Pra vida comemorar;
Aquece-me, me faz amar...
O sangue brota nas veias;
Aos borbotões e a pulsar.
O compasso dos pandeiros
Faz correr, pular, cantar.
Sou uma andante do tempo,
Do mundo, do conquistar...
Só nos seus braços entendo,
O que é paz, o que é sonhar...
Você é meu doce abrigo,
Minha calma, minha alma,
Meu prazer, meu sossegar.
Nesse momento sublime
De acalmar, eternizar...
É em teu colo que deito;
Tranquila, te abraço e durmo,
Sob as bênçãos do luar!..

Maria Raquel de Oliveira Souza