sábado, 19 de maio de 2018

Não Parecia...



Não parecia que era céu, o que se via
Nem parecia que era a sombra, que temia
Não parecia que era o vento ciumento
Que anunciava teu retorno, teu intento

Não parecia que a brisa ao despertar-te
Acariciava-te a alva tez a iluminar-te
Não parecia que era relva, suave encanto
Que cautelosa, prenunciava com o seu manto

Não parecia que era o mar insinuante
Que agraciava os amantes, navegantes
Não parecia que era eu que pressentia
Nem parecia que eras tu que me querias...

Não parecia que era água que desaguava
Nem parecia que era fogueira que queimava
Não parecia que era a lua que conduzia
Nem discernia se era sonho ou fantasia! 

Algo em mim que envolvia, entorpecia...
Comparecia, ouvia, via, insistia, embevecia
No meu peito aviltava, seduzia, preenchia...
Não... Não era eu que enlouquecia!...

Eras tu que eu via...
Eras tu, que eu vivia!

6 comentários:

  1. Lindo e intenso ver, sentir e viver! beijos, ótimo dia! chica

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  2. Muto bonito amiga.
    Uma construção maravilhosa de uma inspiração plena de um grande amor.
    Belo trabalho.
    Abraços com carinho.

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  3. Que lindo Raquel!
    Uma destas poesias que a gente lê num folego só e depois volta saboreando cada verso lentamente como um menino debaixo de um pé de fruta madura e boa.
    Que beleza de construção e que fechamento lindo.
    Aplaudo. Amo poesia e as suas me encantam.
    Abraços com carinho

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    Respostas
    1. Que gostoso ouvir palavras tão acolhedoras e incentivantes!!! Sinto-me honrada e muito feliz por gostar das minhas poesias! Gratidão eterna, querido Toninho!

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“Gratidão é o vinho para a alma.Vá em frente,embriague-se!”
Rumi

Gratidão!... Gratidão! Namastê!!!