Banco da Praça
O assopro do vento que passa
Recorda-me o banco da praça
Das tardes ensolaradas
De quando te namorava
As folhagens das palmeiras
Vento leve balançava
As flores das laranjeiras
O seu perfume exalava
Na igreja iam rezando
As beatas cantadeiras
Moleques sempre brincando
Correndo pelas ladeiras
No movimento da rua
Era tudo calmaria
A gente não tinha medo
Vivia na fantasia
Pra passear ou brincar
Tinha sempre companhia
Pra namorar e cantar
Tempo ruim não existia
A vida era mais leve
As dores eram mais breves
Ou será que com a idade
A gente enxerga a verdade?!...
Parece até que a ilusão
Morava em meu coração
Que pulsava de alegria
Era feliz todo dia!...
Autoria: Maria Raquel de Oliveira Souza