Alma de Poeta
O poeta
permite-se louco, irreverente,
Sutil,
volátil, surpreendente! ...
Admirável,
incrível, pertinente...
Refrigério,
edificante, sapiente! ...
O poeta
passeia sutil pela sua emoção
Faz, de suas
provas, uma canção
Brinca com
rimas, ilude em profusão
Semeia
palavras, versos, com exatidão
O poeta
vagueia em seus direitos
Concebe seu
mundo, faz do seu jeito
Alinhava
seus pontos sem preconceito
Cria seus
temas com seus trejeitos
O poeta sabe
o que diz
De sua obra
é o juiz
Se, para
muitos, nada condiz
Para outros,
contudo, é feliz
O poeta
reproduz suas dores
Deságua em
lágrimas e rancores
Eterniza,
enaltece seus amores
Suas
tristezas, seus dissabores
O poeta, em
seus delírios, perde o juízo
Deixa brotar
suas loucuras, se for preciso
Em sonhos,
transforma seu paraíso...
Transcende
em prosas, prantos e risos
O poeta
induz-se com seu talento
Enfeita
versos em pensamentos
Delira em
frases, inverte o tempo
Rascunha
linhas com seu lamento
O poeta
segue seu dom com sutileza
Constrói
suas trovas, faz com destreza
Descreve
suas mágoas, suas tristezas
Suas
tormentas, dramas e incertezas
O poeta, em
sua essência, é um jardim...
Carrega na
alma o perfume do jasmim
Sua
imaginação jamais terá fim
Para isso
veio; nasceu assim!!!!
Maria Raquel de Oliveira Souza