A noite chegou tão breve
Tranquila, bastante calma
Abrigou meu corpo leve
Serenou a minha alma
Meu medo é a escuridão
Acendo a luz do lampião
E na beira do fogão
Aqueço meu coração
Depois da longa jornada
Cansativa, demorada
Chego aqui nesse lugar
Para, enfim, descansar
Nessa minha caminhada
Sou peregrina dos sonhos
Às vezes, encontro o nada
Nesses meus dias tristonhos
Muitas vezes me distraio
Inventando o que fazer
Bem pouco do que eu faço
Me traz alegria ou prazer
No percurso ou nas paradas
Vivo no tempo de espera
Nem sei mais o que é viver
Esperando acontecer
A esperança é de acordar
Vivendo outro amanhecer
Sentindo o brilho no olhar
Em um belo alvorecer
Pego bem cedo a estrada
Bem antes de o sol nascer
Para trás, não deixo nada
Nem meu rastro pra se ver...
Autoria: Maria Raquel de Oliveira Souza