terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Manjericão


Teu perfume penetra suave em minha alma...

Teu aroma é sutil, embala meus sonhos, me acalma...

Percorres minhas entranhas, revitalizas, rejuvenesces! 

Deslizas suave pelas artérias e veias... O milagre acontece!

Quando sorvo teu aroma, ou provo do teu sabor, 

Transformo-me... Eu sou tu! Somos um!

Tua essência, inebriante e única,

É capaz de arremessar-me a longínquas paragens cósmicas!... 

 Deliciosa conjunção de astros!

Plenitude maior não há! Somos um!

Meu sono adormece, todas as noites,

Em lençóis perfumados e travesseiros manjericosos,

Para aspirar-te e sonhar... O paraíso tem teu cheiro!

Teu aroma percorre todos os cantinhos do meu ser

Realizas a minha cura... Somos um!

Quando o mundo dorme dentro de mim

Eu durmo dentro de ti... A paz se faz!

É como se eu fosse tu e tu fosses eu!

Somos um!

Tua essência me dá asas de anjos,

Transito no céu azul, estrelado,

Anilado... Alado... Iluminando-me!

Meu coração bate perfumado,

Transborda em nuances manjericordiosas de amor

Mãos que exalam teu cheiro

São mensageiras de quietude...

O vento leva teu sopro e tua cura!

Doce manjericão, meu provedor, 

Tua força energética alimenta-me as entranhas...

Meu guia, meu aroma predileto, inspirador...

Cura-me com tua força tamanha... 

Me limpa, sapiente, do que não procede 

Expele, totalmente, o que não mais me serve

Tu és o mimo da imperiosa mãe terra; 

Presenteaste-nos com tão singular aroma

Em tuas muitas formas: roxinho, verdinho,

Lisinho, enrugadinho, miudinho, graudinho...

Tens sempre a mais pura e salutar essência...

Pela pouca atenção, peço-te perdão!

Livra-me da desilusão!

Preencha-me de gratidão! 

Fixa tua essência em meu coração

Somos um na imensidão!

Meu mangnífico,  manjelical 

Manjestoso, mangélico... 

Manjericão!

Reverencio-te... Amo-te!

Louvo-te... Sou grata!



Os Sinais das Borboletas


 

Faz tempo que as borboletas falam

Movimentam, ao vento, suas asas

Desenrolam suas línguas, acariciam...

Penetram no âmago de suas existências

Regozijam-se com esse néctar, essa seiva 

Encantam, em profusão,

A todos os seres!

Sem distinção!

 

Faz tempo que as borboletas olham, investigam... 

Tentam desvendar cérebros e mentes

Daquilo que, com esforço, alertam... 

Diariamente!

São mensageiras do além, 

 Disseminadoras do bem,

Emissárias de sonhos,

Intuições, mistérios...

Avisos! 

 

Faz tempo que as borboletas são rainhas

Dos jardins floridos, rios e lagoas

Das pétalas formosas, flores perfumosas

De túneis minúsculos, ínfimos,

Aprazíveis, inefáveis...

Inexplicáveis!

 

Faz tempo que borboletas são malabaristas

De seus voos e ensaios... 

São artistas!

Sensíveis, alvissareiras, otimistas,

Incansáveis obreiras, polinizadoras.

Que possamos valorizar, entender,

Compartilhar e agradecer 

Às nossas magníficas

Donas do vento...

E do tempo!

 

Faz tempo que as borboletas são sinônimas

De cores e nuances, as mais variadas,

Raios solares, aurora boreal,

Multicores colibris, graciosos arco-íris... 

São pacientes, onipresentes,

Sedutoras...

De suas metamorfoses, 

Exímias instrutoras!