terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Alma de Poeta



Alma de Poeta

O poeta permite-se louco, irreverente,
Sutil, volátil, surpreendente! ...
Admirável, incrível, pertinente...
Refrigério, edificante, sapiente! ...

O poeta passeia sutil pela sua emoção
Faz, de suas provas, uma canção
Brinca com rimas, ilude em profusão
Semeia palavras, versos, com exatidão

O poeta vagueia em seus direitos
Concebe seu mundo, faz do seu jeito
Alinhava seus pontos sem preconceito
Cria seus temas com seus trejeitos

O poeta sabe o que diz
De sua obra é o juiz
Se, para muitos, nada condiz
Para outros, contudo, é feliz

O poeta reproduz suas dores
Deságua em lágrimas e rancores
Eterniza, enaltece seus amores
Suas tristezas, seus dissabores 

O poeta, em seus delírios, perde o juízo
Deixa brotar suas loucuras, se for preciso
Em sonhos, transforma seu paraíso...
Transcende em prosas, prantos e risos

O poeta induz-se com seu talento
Enfeita versos em pensamentos
Delira em frases, inverte o tempo
Rascunha linhas com seu lamento

O poeta segue seu dom com sutileza
Constrói suas trovas, faz com destreza
Descreve suas mágoas, suas tristezas
Suas tormentas, dramas e incertezas

O poeta, em sua essência, é um jardim...
Carrega na alma o perfume do jasmim
Sua imaginação jamais terá fim

Para isso veio; nasceu assim!!!!

Maria Raquel de Oliveira Souza